Angélica relembra abuso sofrido por grupo de homens aos 15 anos: 'Normalizam'

A apresentadora Angélica, de 51 anos, emocionou o público do Mais Você nesta terça-feira (21) ao relembrar um episódio de abuso que sofreu na adolescência, enquanto trabalhava em Paris, na França.

Durante a conversa com Ana Maria Braga, Angélica contou que o caso aconteceu quando tinha 15 anos, enquanto divulgava a música “Vou de Táxi”, versão brasileira do hit francês “Joe Le Taxi”.

“Eu estava fazendo umas fotos em Paris porque a música era uma versão francesa, e um grupo de homens se aproximou perguntando o que estava acontecendo. Explicaram que eu era uma cantora brasileira em destaque, e eles pediram para tirar foto. O pessoal da imprensa achou interessante e começou a filmar. Só que, da cintura para baixo, eles passaram a mão em mim, na minha bunda, em tudo”, contou a artista.

Segundo Angélica, na época ela não compreendeu de imediato que havia sido vítima de abuso sexual e ficou surpresa com a reação das pessoas ao seu redor.

“Depois que passou, eu pensei: ‘Gente, aconteceu isso’. E as pessoas reagiram como se fosse algo banal. Diziam: ‘Ah, tá’. É absurdo como as pessoas normalizam. Muitos acham que só o estupro é abuso sexual, e não é. Isso também é abuso”, reforçou.

Durante a entrevista, Angélica aproveitou o momento para divulgar o livro “Saber Liberta”, que trata sobre a importância de orientar crianças e adolescentes sobre o tema.

“Aqui no livro tem tudo isso: como falar com as crianças, como abordar o assunto da forma correta. Quanto mais a gente fala, mais informação chega e menos crianças vão passar pelo que eu passei. Pelo que muita criança ainda passa”, destacou.

Angélica encerrou o desabafo com uma mensagem sobre consciência e prevenção, defendendo que o diálogo é a principal forma de proteger crianças e adolescentes de situações semelhantes.

• Denuncie violência contra a mulher

• Ligue 190 (Polícia) ou 180 (Central de Atendimento à Mulher), também é possível procurar uma delegacia comum ou especializada e em casos envolvendo autoridades policiais, procure a Corregedoria do seu estado.