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Felca é exaltado após prisão de Hytalo Santos, mas especialistas alertam: 'Não foi o único'

Influenciador ajudou a popularizar denúncias contra Hytalo Santos, acusado de exploração de menores

  • Foto do(a) author(a) Ana Beatriz Sousa
  • Ana Beatriz Sousa

Publicado em 15 de agosto de 2025 às 13:30

Felca acusa Hytalo Santos de promover conteúdos que exploram menores de idade  Crédito: Reprodução/Redes Sociais

O youtuber Felca recebeu elogios e reconhecimento nas redes sociais nesta sexta-feira (15), após a prisão do influenciador Hytalo Santos em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Hytalo é investigado pelo Ministério Público da Paraíba por exploração e adultização de crianças e adolescentes.

Felca foi responsável por divulgar o vídeo que denunciava práticas irregulares de Hytalo, levando o caso à atenção pública e, de acordo com internautas, acelerando a investigação que culminou na detenção do influencer.

“Um salve para Felca, que com coragem mostrou o verdadeiro papel de um influencer ao denunciar crimes”, afirmou o deputado federal Túlio Gadelha. Nas redes, fãs também destacaram o impacto da iniciativa:

“Felca fez mais por famílias brasileiras em um vídeo do que o Congresso nos últimos dez anos”, comentou um internauta. “Ele expôs uma situação que muita gente tinha medo de tocar”, completou outro.

Felca ficou famoso por vídeos de humor no Youtube por Reprodução

Além de Hytalo, seu marido Israel Nata Vicente, conhecido como Euro, também foi preso. Os mandados de prisão preventiva foram expedidos pelo juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa, da 2ª Vara da Comarca de Bayeux (PB), e têm como objetivo proteger provas e testemunhas. Segundo a decisão judicial, existem indícios de tráfico de pessoas, exploração sexual e trabalho infantil irregular, incluindo produção de vídeos com divulgação em redes sociais.

Apesar da repercussão, especialistas lembram que Felca não foi o único a denunciar o caso e alertam para a importância de não criar heróis individuais. Nas redes sociais, surgiram pedidos por uma “Lei Felca”, mas já existe legislação que protege crianças e adolescentes digitalmente através do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), além de projetos de lei específicos sendo discutidos na câmara. 

Hytalo Santos por Reprodução

A repercussão do vídeo de Felca também impulsionou a Articulação de organizações da sociedade civil que defendem o Projeto de Lei 2628, em tramitação há três anos. A coalizão, formada por cerca de 200 entidades, se reuniu na quarta-feira (13) com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para solicitar votação em regime de urgência. O PL estabelece regras para proteção de dados e publicidade digital infantil, e representantes afirmam que a viralização do vídeo pode acelerar a aprovação, mas também gerou uma enxurrada de novas demandas relacionadas ao tema.

“Com a proporção que o 'tsunami Felca' tomou, esperávamos que fosse mais fácil aprovar o PL, mas surgiram muitos outros pontos e questionamentos”, explicou Laís Peretto, diretora-executiva da Childhood Brasil.

O caso reacende a discussão sobre responsabilidade digital, atuação de influenciadores e a necessidade de proteger crianças e adolescentes em todas as plataformas online.